'Amor é fogo que arde / sem se ver, / é ferida que dói e não se sente, / é um contentamento descontente, / dor que desatina sem doer '.
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação, também em forma de versos:
'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia, / tomavas uns antipiréticos, / uns quantos analgésicos / e Prozac para a depressão. / Compravas um computador, / consultavas a Internet / e descobririas que essas dores que sentias, / esses calores que te abrasavam, / essas mudanças de humor repentinas, / esses desatinos sem nexo, / não eram feridas de amor, / mas somente falta de sexo !'
A Vestibulanda ganhou nota DEZ, pela originalidade, pela estruturação dos versos, das rimas insinuantes e por ter sido a primeira pessoa, ao longo de mais de 500 anos, a desconfiar que o problema de Camões era apenas falta de sexo.
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