25 de set. de 2010

Plástico Verde



No próximo verão as praias e piscinas brasileiras terão um novo personagem: toda a linha da Sundown, da marca Johnson & Johnson, sairá de fábrica em embalagens verdes, feitas com plástico de etanol. Mas não serão só essas as opções no mercado: os refis dos sabonetes cremosos de erva-doce, da Natura, passarão a ser embalados com material 100% feito da resina de cana-de-açucar, e poderão ser identificados pelo consumidor através de um selo preparado pela empresa.
Além dos ítens para o mercado cosmético, a indústria de brinquedos também promete estender suas ações ambientais: o jogo Banco Imobiliário, da Estrela, é um exemplo de produto cujas peças já são de plástico de etanol e, a ideia, é ampliar as opções em breve, quando o Brasil ganhará uma fábrica petroquímica em Triunfo, no Rio Grande do Sul.
200 mil toneladas de bioplástico por ano: essa é a capacidade de produção da primeira fábrica do Brasil a produzir plástico à base de etanol em grande escala. A Braskem está à frente do empreendimento, que já promete mudanças no processo produtivo de empresas brasileiras dispostas a incorporar a "nova" matéria-prima na fabricação de seus produtos. Entre as vantagens do plástico de etanol (produzido a partir da cana-de-açucar) em relação a outros tipos biodegradáveis, como o feito a base de milho, está a resistência – o que o torna uma opção na fabricação de embalagens – e a possibilidade de ser reciclado, assim como ocorre como o plástico tradicional, feito com petróleo.
Para Bernardo Gradin, presidente da Braskem, o Brasil pode despontar como uma liderança mundial no desenvolvimento da química renovável. Quem sabe não estamos dando um grande e decisivo passo para que cresçam os investimentos da indústria química em tecnologia?

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