16 de dez. de 2010

Christmas pudding

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           O Natal Inicialmente, a Igreja não comemorava o Natal. A partir de meados do século IV que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o papa Júlio I fixado a data em 25 de dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do nascimento de Jesus.
Uma das explicações para a escolha de 25 de dezembro como sendo o dia de Natal tem a ver com o fato de esta data coincidir com a Saturnália dos romanos e com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno, sendo todas estas festividades pagãs. A Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano sua conotação pagã. Algumas regiões optaram por festejar o acontecimento em 6 de janeiro. Mas gradualmente essa data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos, e não ao nascimento de Jesus Cristo.
Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs, em parte germânicas e em parte romanas. Sob influência franciscana, a partir de 1233, espalhou-se o costume de construir presépios, representações que reconstituem a cena do nascimento de Jesus. A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com luzes, símbolo de Cristo, a Luz do Mundo. Outra tradição de Natal é a troca de presentes, que são dados pelo Papai Noel ou pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de cada país.
No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, à noite, se comemora a data com a Consoada (ceia de Natal). à meia-noite. No dia 25, faz-se almoço ou jantar com carnes diversas, em algumas regiões é servida a tradicional “roupa-velha”, feita com os restos da ceia do dia anterior. Serve-se bacalhau cozido e a doçaria cerimonial (rabanadas, sonhos, mexidos etc.). Ainda no dia 24, no final da ceia, há a Missa do Galo
 Um costume já em desuso é o de, durante a ceia do dia 24, evocar-se os mortos, com o seu lugar à mesa, fazendo-se uma duplicação da ceia para eles numa outra sala.
O termo “consoada” serve não só para designar o banquete familiar da noite de Natal, mas também é utilizado para descrever a entrega de presentes nessa época, até o Dia de Reis, como forma de demonstrar a consideração ou o afeto que se tem por essas pessoas. Há quem considere que a tradição da entrega de presentes no Natal surgiu graças à lembrança da entrega de presentes ao Menino Jesus por parte dos Reis Magos. Os presentes da Natal foram ideia do papa Bonifácio V, no século VII. No Dia de Reis, ele distribuía pão ao povo e, em troca, recebia presentes.

Christmas Pudding
Receita tradicional inglesa

Ingredientes
200g de uvas-passas pretas
100ml de rum escuro
1 colher de chá de canela em pó
½ colher de chá de gengibre em pó
¼ colher de chá de cravo em pó
¼ colher de chá de noz-moscada
6 colheres de sopa de cerveja escura
250g de açúcar mascavo
120g de miolo de pão
100g de farinha de trigo
120g de manteiga derretida
3 ovos
raspas da casca de 1 laranja
raspas da casca de 1 limão
1 maçã ralada
60g de amêndoas
80g de frutas cristalizadas
150g de uvas-passas brancas

Modo de preparo
Reidratar as passas em água quente, escorrer. Em um recipiente grande, misturar farinha de trigo, pão esfarelado, açúcar mascavo, manteiga derretida, gengibre, cravo, canela e noz-moscada. Acrescentar as raspas de laranja e limão. Ralar a maçã sobre a mistura e incorporar. Acrescentar os ovos levemente batidos, a cerveja; misturar bem a massa. Colocar as amêndoas trituradas, as passas e as frutas cristalizadas. Untar uma forma (de perferência um bowl, ou uma forma de bolo inglês) com manteiga e colocar a massa. Cobrir com um disco de papel-manteiga e, depois, com papel alumínio. Em uma panela grande e com tampa, adicionar água até a metade e colocar o bolo para cozinhar em banho-maria por pelo menos 6 horas. Se a água secar, acrescentar mais água até o final do cozimento. Deixar esfriar levemente e desenformar. Regar com o rum e flambar.

O tradicional pudim de Natal
Segundo Matthew Walker, o maior produtor britânico de Christmas puddings, no século XIV, o doce era originalmente uma espécie de mingau. Entre seus ingredientes, estavam a carne de boi, uvas-passas, ameixas, vinho e especiarias, e era consumido como entrada nas comemorações do Natal.
No século XVI, começou a ser chamado de plum pudding, quando bebidas alcoólicas e frutas secas em profusão começaram a ser adicionadas à receita original. Por volta de 1664, o prato foi banido pelos puritanos, sendo reintroduzido às mesas, mais tarde, em 1714 no reinado de George I (1660-1727). Conta-se que o rei, após comer uma fatia do doce, por ele se apaixonou e ordenou, imediatamente, que fosse sempre preparado na cozinha real e fora dela.
Todavia, foi no período vitoriano, século XIX, que houve uma reinvenção do Christmas pudding, tomando a forma que conhecemos hoje. É também daquela época o costume de colocar moedas de prata dentro do doce, garantindo sorte para quem as encontrasse. O felizardo poderia também fazer um pedido, pois, segundo a tradição, seu desejo seria realizado. Outra das tradições é colocar anéis de ouro na massa, garantindo casamento para quem os encontrasse, no ano seguinte.
No primeiro domingo de dezembro, o Sunday Stir-up, é o dia no qual se inicia a preparar os melhores pudins da Inglaterra. Cada membro da família mexe na rica mistura de ingredientes que compõe o pudim e faz um pedido. O pudim é cozido, resfriado e guardado em ambiente seco, à espera de ser cozido no vapor, novamente, no dia de Natal.
No livro A aventura do pudim de Natal, a dona da mansão em que Poirot está hospedado segue o costume religioso de começar o preparo no domingo do Advento, data cristã que conta o domingo a quatro semanas antes do Natal. Todas as pessoas presentes na mansão nesse dia são convidadas a dar uma mexida na mistura enquanto fazem um pedido.
Servido num prato decorado com ramos de azevinho, o pudim é flambado com conhaque, num ritual para espantar os maus espíritos. Seguem-se aplausos e assobios.
Fonte: http://cozinhaeliteratura.blogspot.com/

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