29 de jan. de 2011

WikiFlora

http://www.flora.sa.gov.au/efsa/lucid/Solanaceae/Solanum%20species/key/Australian%20Solanum%20species/Media/Html/images/Solanum_dulcamara/dulcamara%20Thome%20wiki.jpg

Patentes, patentes...

Em seu segundo dia de visitas às instituições de ensino e pesquisa da cidade de Manaus (AM), o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, teve a oportunidade de conhecer a Reserva Experimental Adolpho Ducke do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).
O local é um grande laboratório que tem como objetivo conhecer as potencialidades da região como a exploração sustentável de diversos frutos.
Na ocasião, Mercadante reforçou a necessidade de se instalar um escritório do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) na Floresta Amazônica.
Para o ministro, o patenteamento da pesquisa precisa fazer parte do dia-a-dia dos cientistas.
Mais do que isso, por meio do registro, o Brasil tem condições de transformar estudos em recursos para mais investimentos.

"Precisamos entender que o comércio internacional hoje exige que a propriedade intelectual seja patenteada. Nós precisamos criar uma cultura entre os cientistas em patentear o conhecimento para que a gente possa ter royalties, ter recursos e fomentar a pesquisa no País", destacou.
Enciclopédia digital da biodiversidade
Além disso, ele propôs a criação de uma plataforma para registro de todos os dados botânicos produzidos no Brasil, inicialmente chamado de Wikiflora, na qual ofereceu apoio total com relação à estrutura de TI para a elaboração do projeto.
"Temos a necessidade de fazer a enciclopédia digital da biodiversidade da Amazônia. Precisamos conhecer melhor a nossa riqueza. Outro ponto que precisamos combater é a falta de recursos humanos. Sei que faltam profissionais de botânica para desenvolvimento de cursos de mestrado e de doutorado na região. Isso é carência que precisa ser resolvida", enfatizou.
Acompanhando do diretor do Inpa, Adalberto Luis Val, o ministro Mercadante conheceu o projeto da Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).
Outros destaques foram as pesquisas que o Inpa desenvolve na área alimentícia. A pesquisadora do Instituto, Lúcia Yuyama, explicou sobre a potencialidade dos frutos amazônicos como cubiu e o camu-camu e exemplificou alguns produtos gerados a partir das pesquisas feitas no Instituto como a farinha de pupunha de grande potencial nutricional.
Identificação de plantas
O ministro recebeu um livro produzido por pesquisadores do Inpa intitulado "Flora da Reserva Ducke - Guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia central". O coordenador do programa de pós-graduação em Botânica (PPG-BOT), Alberto Vicentini, explicou para o ministro a carência de estudos na área de botânica na Amazônia e o quanto se conhece pouco sobre a região.
O gerente- executivo do LBA e pesquisador do Inpa, Antonio Manzi, apresentou o projeto LBA que tem a finalidade conhecer sobre o funcionamento da atmosfera da região.
Para a pesquisa será instalada uma torre de 320 metros, a primeira desse tipo na América do Sul, instalada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, no município de São Sebastião do Uatumã, interior do Amazonas.
É um projeto bilateral entre Brasil, representado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e da Alemanha, através do Instituto Max Planck de Química.

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