27 de nov. de 2010

Polícia Federal


Eu acho os nomes dados pela PF às suas operações um exercício de criatividade e pesquisa mitológica. Aqui vão algumas:
    Têmis, Hurricane: venda de sentenças judiciais favoráveis aos jogos ilegais Sanguessuga: compra superfaturada de ambulâncias com dinheiro público Hidra: combate ao contrabando Anaconda: venda de sentenças judiciais Águia e Planador: tráfico internacional de drogas Zaqueu: corrupção nas delegacias do trabalho Matusalém e Zumbi: fraudes no INSS Lince: extração ilegal de diamantes Lince 2: adulteração de combustíveis e roubo de carga Farol da Colina: remessa ilegal de dinheiro para o exterior Soro: falsificação de leite em pó Sucuri e Trânsito livre: facilitação de contrabando Pandora: extorsão de empresários Vampiro: fraude em licitação de hemoderivados Isaías: extração ilegal de madeira
E a mais recente: “Operação Navalha”. Após pensar muito interpretei como uma metáfora à expressão “Navalha na Carne” e deduzi que se referia aos membros do poder público envolvidos em corrupção, ou seja, cortar o mal da própria carne. Mas quais casos de corrupção não são?.
Etimologicamente falando, outro dia ao ouvir a notícia que Pedro Passos fora preso pela PF, recordei-me dos inúmeros crimes de “grilagem” de terras dos quais ele saiu impune. Foi ai que parei no termo: grilagem. Por que grilagem? Fiz uma pesquisa e descobri que tal crime é baseado em escrituras falsas e envelhecidas para parecerem autênticas. A curiosidade está no método. Eles colocavam o documento a ser envelhecido em uma caixa com grilos.
Espero que a PF continue fazendo esse trabalho de limpeza, embora saibamos que eles não ficam muito tempo na carceragem. A justiça transfere a culpa pra lei, que está obsoleta, e que é feita pelos que cometem os crimes. Alguém precisa desatar esse nó. Adivinha quem? VOCÊ! Pense nisso na hora de votar e de influenciar os votos da família. Isso mesmo que você leu. Porque não influenciar positivamente os votos da família? Sei que sou brasileiro e não desisto nunca, mas minha paciência já está acabando. Assim, pretendo ampliar minhas práticas na próxima eleição.
Agora só nos resta esperar a próxima operação. Como não custa sonhar, eu já tenho o meu nome: “Operação Loki”, na qual seriam presos os deputados e senadores envolvidos em corrupção, que não são poucos. Explico. Loki é o senhor dos truques, da trapaça e da magia, associado com os ladrões, é, ao lado de Odin e Thor, uma das divindades mais populares da mitologia nórdica. Se eles podem eu também posso. Mas não precisaria me remeter à mitologia nórdica, poderia ser “Operação Judas”, “Operação Cássio” ou “Operação Brutus”.
Agora pense na sua.

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