Futuro energético do planeta está nas folhas artificiais, diz cientista
Fotossíntese artificial A melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos: a fotossíntese.
A afirmação foi feita por James Barber, professor do Imperial College London, no Reino Unido, durante evento realizado em São Paulo.
Considerado um dos principais pesquisadores no mundo no tema da fotossíntese, Barber é membro da Royal Society of Chemistry e publicou 15 livros e mais de 500 artigos científicos sobre o assunto.
"Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese - propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada - não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta", disse o pesquisador.
Segundo ele, uma tecnologia capaz de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seria a solução definitiva para a questão energética. "A quantidade de radiação solar que se precipita no planeta Terra é gigantesca", disse.
As árvores solares do artista Ross Lovegrove junta arte com painéis solares tradicionais. [Imagem: Ross Lovegrove]
Consumo de energia no mundo
"Uma hora de luz solar equivale à totalidade da energia que utilizamos em um ano em todo o mundo. É a maior quantidade de energia disponível. Não há nada que se aproxime disso. É também uma energia que incide sobre praticamente todo o globo. É, portanto, igualmente distribuída. Aprender a usar essa energia seria um salto sem precedentes na história da humanidade", destacou.
A população da Terra consome a cada ano, segundo Barber, 14 terawatts de energia, sendo que a maior parte é proveniente de combustíveis fósseis como petróleo (4,5 terawatts), gás (2,7 terawatts) e carvão (2,9 terawatts).
"Como sabemos, isso é insustentável. Estamos queimando combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial e chegamos a emitir carbono em uma concentração de 360 partes por milhão (ppm).
"À medida que a população global aumenta de modo exponencial, essa emissão piora. Sabemos que se chegarmos a 550 ppm, haverá mudanças dramáticas no clima do planeta", afirmou.FONTE http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=futuro-energetico-planeta-folhas-artificiais&id=010115101101
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